E se eu não perdoar?


Ensinamos, dizemos, compartilhamos, e até mesmo no internet , quantas vezes no Facebook, que Jesus é amor, que Ele nos perdoa de todos os pecados


Mas e “EU” e “VOCÊ” perdoamos da mesma maneira que Jesus Cristo ensinou?
Compartilhamos o mesmo amor de Cristo, não falo compartilhar no face, digo com a nossa vida, em atitudes de amor ao próximo, inclusive ao irmãos da fé.


Nossas atitudes, se tornam incoerentes com aquilo que pregamos, ou dizemos que acreditamos, logo a nossa fé em Cristo se resume em apenas palavras. Não é fácil amar como Cristo, mas Ele quer que demonstrem o mesmo amor que Ele demonstrou

e que possamos perdoar como Ele nos perdoou. 

“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, casa alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós”

(Colossenses 3.13).
“sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Efésios 4.32)

Por isso que é necessário os fruto do Espírito, se desenvolva em nós, pois só assim iremos desenvolver o caráter de Cristo em nós.
Queremos receber o perdão quando erramos, mas nem sempre oferecemos o perdão quando requerido de nós. 
Até queremos julgar, os casos que nós mesmo achamos que merece perdão. Já pensou se Deus pensassem assim? As vezes achamos que há um limite para perdoar, é claro que não há.
 
“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” (Mt 18. 21)
 
Jesus conta uma parábola que ilustra o desagrado de Deus quando decidimos não perdoar:
“o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.” (Mt 18. 23-24).
 
Lendo uma vez, achei essa ilustração que achei interessante e simples de entender a parábola do credor incompassivo: 
 Se considerássemos que um diarista recebesse 10 reais pelo trabalho de um dia, um talento [de prata] seria algo em torno de R$ 60.000,00. A dívida desse servo (10.000 talentos) seria algo em torno de 600 milhões de reais. A dívida desse homem é praticamente impagável.
A narrativa nos diz que o rei se compadeceu dele e perdoou-lhe a dívida. “E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.” (Mt 18. 27). 
Isso mostra o tamanho da bondade desse senhor, que perdoou uma dívida de 600 milhões de reais.
Porém, o texto diz que o servo perdoado, saindo, encontrou alguém que lhe devia 100 denários. Considerando o mesmo cálculo acima, essa quantia seria algo em torno de R$ 1.000,00.
Ele, porém, não perdoou a dívida, antes, mandou prender aquele homem. “Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.” (Mt 18. 29-30).
Veja que interessante: Ele foi perdoado de uma dívida de 600 milhões de reais, mas não perdoou uma dívida de R$ 1.000,00. Quando aquele senhor ficou sabendo dessa atitude dele, imediatamente, retirou o seu perdão. “Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.” 
(Mt 18. 32-34).
Essa parábola ilustra o tamanho de nossa divida com Deus, ou seja, é um preço que nunca poderíamos pagar, e através de Jesus Cristo, nos foi perdoado essa divida, mas quando algo nos atinge, que não tem comparação do que Deus nos perdoou, então não queremos perdoar. Porque a verdade é que, quando nosso orgulho foi ferido por alguém, não queremos perdoar. 

Por isso hoje até mesmo dentro da igreja, existe rixas, “birras”. 
Raciocina comigo, já pensou Deus com “birrinha” de você, porque você não leva a palavra Dele a sério? Já pensou Deus de mal de você?
Não podemos esquecer o que no final da parábola diz:
A advertência do final do texto também precisa estar em nosso coração: 
“Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” (Mt 18. 35). 
Se não perdoarmos não seremos perdoados. Esse é um mandamento estabelecido por Deus. Em Mt 6. 14-15 Jesus diz isso claramente:
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
Se alguém é tão ruim com você, ao ponto de você o odiar? A culpa é só da outra pessoa? Será que você não tem um pouco de culpa? Se você é inocente, Jesus também era, e lhe perdoou. Se caso a pessoa é tão perigosa, assim, se afasta e ore por ela, pode ser que ela não foi transformada. Mas ore, não julgue, pois se julgares, talvez quem esteja precisando de oração para ser transformado pode ser você também.
 
"E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;"  (Mateus 6 : 12)


Oton G. Cesar

0 Comente:

Postar um comentário